" Eu não me importo se você é branco , negro , hétero , bissexual , gay, lésbica , baixo , alto , gordo , magro , rico ou pobre . Se você for gentil comigo , eu serei gentil com você simples assim " ( Eminem )

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Fragilidade...

             Eu tenho duvidado de mim mesmo. Acho que vou me autodestruir e  não vai demorar muito. Tive milhões de pensamentos para escrever este post, mas falho, uma vez que não consigo transpor meus sentimentos em palavras. Neste exato momento, eu compreendo os drogados, zumbis na cracolândia. Os alcoólatras, jogados na rua, largados ao vexame e a própria sorte. 

           Acabei de vir de um Supermercado famoso na cidade. Fui atrás de boa bebida. Estava bebendo, curtindo raros momentos que tenho com uma pessoa que amo muito{familiar}. Mas olhei ao redor, vi pessoas de boa aparência, curtindo boas roupas, marcas famosas. Tentei me achar naquele ambiente, mas não vi nada... Um vazio gritou dentro de mim. Eu queria alguém pra me salvar, mas sabia que este alguém era eu mesmo. Só eu posso me salvar, mas não sei se quero.
           Sabiam que a maior porcentagem de suicídios ocorrem neste mês? Acho tão válido! Sou pró suicídio, uma vez que me libertei de religiões. Aquela válvula de escape que sempre terei. Quando tudo parecer perdido... Mas e se não estiver tudo perdido. E se algo melhor estiver por vir? "E SE?" É uma dúvida cruel, triste, mas que devemos assimilar. 

          No Supermercado, fiquei imaginando se alguém se interessaria por um homem de meia idade, pobre, sem nada a oferecer. Eu queria me iludir e fingir que sim, mas vamos olhar a realidade. Sempre fui deslocado, nunca tive lugar aqui. Dinheiro? Não sei lidar! É a matemática que sempre me faltou.  

Há um colapso aqui agora. Vou ficar um tempo afastado daqui. Acho que preciso renascer melhor. No trampo,  no amor, na família...Tudo vai mal! Quando tudo se ajeitar, prometo que retorno. Não estou bem. Preciso de um abraço! Não de dinheiro ou sexo, só um abraço. Tenho sentido algo que ainda nem sei compreender, mas é destrutivo. Espero  que não dure muito. 

          Hoje me peguei sentindo invejo de um jovem que trabalha comigo. Toda aquela vida ainda pra viver. Experiências nunca vividas. Toda uma expectativa de vida pela frente... Eu já passei dos 30. Sem trabalho lucrativo, casa própria, carro, moto, amor pra viver, expectativas pra desvendar. Eu estou vivo mesmo? Desculpem pela fragilidade, mas sou humano e a barra tá pesando aqui. Talvez seja reflexo da recente mudança, ou não. 

             Neste momento, eu só espero ser forte o suficiente para atravessar esta ventania. Obrigado a todos que leem estas bobagens que escrevo, vocês são os maravilhosos. Não sei se o blog continuará em 2017, mas este diário, me fez bem até aqui e vocês são os melhores leitores que eu poderia ter. Eu queria estar bem e dizer que se eu consigo, qualquer um consegue... mas não estou conseguindo. Tá tão difícil respirar sozinho... Mas vou resistir, prometo! Se mantenham firmes, vocês são os melhores e merecem ser feliz. Tá doendo pra mim e pra muitos... Mas vai passar. Tenho certeza que vai♥

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Readaptação

        Mudei já fazem duas semanas. No começo foi extremamente difícil pra mim. Aceitar mudanças, é algo que não sei lidar. A mim, ela sempre parece mais difícil, sofrida, desinteressante. Mas admito, passadas estas semanas, vejo com mais otimismo minha nova realidade. 
           Eu saí do interior para o centro da cidade. Isso é um bônus. Apesar da minha cidade não ser uma megalópole, ainda consigo encontrar com facilidade tudo que necessito. Inclua aí, baladas, pessoas interessantes e muitos gays. Já conheci algumas pessoas, já fiquei com outras e foram experiências interessantes e inclusivas. Mas claro, sei que em uma cidade maior, vem também mais violência, perigos e coisas do tipo, mas estou munido da melhor forma possível. 

            Este passo, me dá mais consciência em minhas atitudes. Sinto me mais confiante a tomar novas decisões. Planejo morar sozinho no futuro e agora, sinto que tenho a determinação que me faltava. Obrigado a todos que torcem por mim, vocês são uns fofos. Prevejo a hora em que mostrarei a cara pra vocês...♥

Cuatro Lunas

           É sempre maravilhoso encontrar um longa gay que vale a pena. Antes de sair do meu armário, eu vivia a procurar conteúdo gay na internet, foi a forma que encontrei de me empoderar. Hoje, caio em um material ou outro, quase por acaso, e só assisto se verdadeiramente crer que vale a pena. 
             Cuatro Lunas, me atraiu primeiramente pelo nome. Sou fascinado pela Lua e suas fases, e pode parecer tolice, mas elas influenciam absurdamente minha personalidade.E é este o foco do longa, a homossexualidade em diferentes fases da vida.
          Pra começar temos a infância. O garotinho se apaixona pelo melhor amigo, e um dia, jogando em seu quarto, ele diz sentir curiosidade em ver o pênis circuncidado do colega. Ele o toca, o outro gosta, mas foge e o expõe na escola, fazendo com que ele sofra bulliyng, e claro, se tornando seu maior algoz. Mas ele talvez nem faça isso verdadeiramente por mal, mas sim, com medo de ser exposto primeiro ou temor aos próprios sentimentos. 
        Coisa linda ver a reação dos pais a descoberta, logo após uma briga na escola, no qual eles são convocados e tudo é revelado. A atitude do Pai surpreende e emociona. E caramba, esse garotinho mostrou tanta força.
           Um arco mais maduro quase nunca me chama atenção, admito. Talvez haja uma falta de identificação apenas, mas este me cativou. Um escritor, poeta, que leva uma vida digna ao lado da família, mas foge para a sauna sempre que pode. Lá, conhece um rapaz e passa a desejá-lo. Que passagem linda, que conclusão maravilhosa. Nem vou me prolongar, gostaria tanto que vissem.
          Eu só pude imaginar os caras com os quais já saí {tenho preferência pelos mais velhos}. Suas histórias e tentativas em levar uma vida "correta" aos olhos da sociedade. E claro, suas fugas vorazes noite a dentro, nos banheiros de baladas ou em situações pouco ortodoxas. Achei o filme pé no chão sem ser duro demais.
             Há também o casal bem resolvido. Eles já possuem casa, profissão, estabilidade e 10 anos de relacionamento. Mas um não se senti tão bem assim. Os amigos do parceiro o incomodam, assim como a feminilidade do mesmo.
           Ele começa a achar defeito no seu amor, o que demonstra insatisfação na relação e começa a sair com outro rapaz. Ele o traí e não esconde. Destroçado com a realidade do marido, ele chora, traça um plano para dar mais atenção ao seu amor, mas no fim a autoestima vence, e ele saí para viver sozinho, para recomeçar. Aliás, Antonio Velázquez é um dos homens mais lindos que já vi em cena. Beleza exuberante. 
          Enfim, meu casal favorito. Eu gostaria de editar todo o filme e ter apenas a história dos dois em um curta, seria perfeito. Eles se reencontram depois de anos e ao passar a noite na casa do amigo, ambos se apaixonam. Mas a trama é linda, envolvendo amizade, aceitação dos próprios sentimentos, família, amigos. Fito é um fofo, e logo percebe seu amor, enquanto Leo é mais arredio e teme a reação da família. 
       A primeira vez deles foi realista. Que máximo os dois conversando sobre quem seria o passivo. E o amor de ambos cresce a cada frame do longa. O que dói  no espectador são os momentos em que estão separados. Sem mais delongas, eu amei e já coloquei na minha Top 5 dos filmes gays que mais amo. Se alguém já assistiu, comente aqui. Vamos trocar ideias. Eu o encontrei no Netflix.♥
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