" Eu não me importo se você é branco , negro , hétero , bissexual , gay, lésbica , baixo , alto , gordo , magro , rico ou pobre . Se você for gentil comigo , eu serei gentil com você simples assim " ( Eminem )

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Recomendo: Queer as Folk

     Até que ponto a arte pode modificar a nossa vida? Pois é, eu acho que pode e modifica  muito. A minha vida sempre foi embebida em arte, mesmo quando eu ainda nem sabia disso. A duas semanas atrás (escrevi e deixei nos rascunhos desde Julho - Sorry Pessoal), conversando com um querido amigo no MSN, tomei conhecimento de uma série sobre gays: Queer as Folk! Isso foi a duas semanas atrás, e este foi o período que levei para assisti-la, todas as suas 5 temporadas. Todas, igualmente deliciosas e viciantes.
     A série foca em um grupo de amigos gays, que se encontram constantemente para ir a famosa Babylon, uma das melhores boates de Pittisburgh. Aqui temos de tudo um pouco: O afeminado, o pegador, o tipo comum, o Soro positivo, as lésbicas, o jovem se descobrindo... A princípio, achamos que tudo se trata de estereótipos e muita pegação, mas logo somos apresentados a um grupo sóbrio e complexo de personagens, com problemas tão palpáveis quanto de qualquer um de nós.

     É incrível a forma como a coisa é passada para o telespectador, sem muita firula ou contos de fada. Tudo que a comunidade gay é, está ali, e não há como não se identificar.  Só lamento por não ter conhecido a série há muitos anos atrás, sem dúvidas teria sido um achado ainda maior. Me sinto liberto depois da série e digo sem medos. A arte muda sim as pessoas, não por magia, mas por catarse, osmose e claro, emoção.

     Não vou me prolongar aqui, tenho medo de expor detalhes da série, mas basta você saber que tudo gira em torno dos amigos de infância, Brian e Michael. Enquanto Brian é um cara que só quer comer todo mundo sem compromissos, Michael só quer ser notado por alguém especial, com o qual quer dividir bons momentos. Os dois são opostos e isso deixa tudo ainda mais interessante.
     Na serie, são abordados temas pertinentes, como o uso de drogas (bem frequente aqui - Como Brian diz: com fins recreativos), AIDS, adoção, violência, casamento...E mais uma lista interminável de bons motivos para se acompanhar uma das melhores séries já criadas.

       Fico imaginando se é possível não simpatizar com a série, independente da percepção sexual ou não. Afinal, Queer As Folk não é exclusivamente sobre gays, é sobre as barreiras que temos de enfrentar se pretendemos sermos felizes, sobre os terrores que sempre nos cercam, mesmo quando só queremos ser mais um neste mundo criado para todos nós.
     As músicas são contagiantes. Baixei tudo que achei da série e vez ou outra me pego ouvindo. É muito bom ver como os personagens são reais, e ainda que exista alguns esteriótipos, acho que a comunidade gay é isso tudo que a série mostra, sem tirar nem por. Mesmo ainda estando em Nárnia, percebo que não é nada diferente quando se olha além da ficção.
     É difícil dizer o que mais emociona na série, eu poderia passar horas aqui falando sobre minha catarse com o Justin dançando High School Confidential, ou quando eles se encontram na boate para apenas curtir a vida... Gente, a série é fantástica, e peço que deem uma chance a ela! Vejam ao menos o primeiro capítulo, prometo que não se arrependerão. Clicando na foto acima, serão encaminhados para a página do Felipe no YouTube. Lá estão todas as temporadas que devorei em duas semanas. Alguns episódios estão com probeminhas de sincronização, mas é simples, é só abrir em duas abas e sincronizar manualmente.

     Se você gostar da série, volte aqui e diga o que achou, ah, e passe adiante, coisas assim devem ser compartilhadas. Abraços e um ótimo final de semana!

4 comentários:

  1. Olha, assisti um pouco mais da metade da primeira temporada, e depois pulei pro episódio final... Talvez pela época que assisti, me senti bastante incomodado com aquela realidade... Gay no armário ao cubo como eu, jamais seria como qualquer personagem ali.

    Hoje não sei bem o que mudou, mas pretendo dar mais uma chance a série, talvez à versão britânica que é mais elogiada. Veremos!

    Abraços!

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    1. Já eu me identifiquei com tudo na série, e como se ela tivesse sido feita especialmente pra mim, uma verdadeira libertação. Não sou como aqueles meninos por um mero detalhe: Amigos. Eles tem muitos amigos como eles, isso faz toda a diferença.

      Assisti sim Peter. Eu vi tudo em menos de 15 dias e achei o máximo.Já ouvi falar nesta outra versão, se você encontrar antes de mim, passa o link, please^^.

      Aquele abraço.

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  2. Simplesmente o melhor seriado que já assisti até hoje! Inclusive, já o assisti umas 3 vezes desde que eu adquiri por completo!

    Eu me identifico demais com o Brian, pelo fato de ele guardar tanta coisa por debaixo dos panos da sua aparente falta de emoção e amor.

    Realmente indico! Muito bom! Pena que acabou né?

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    1. Achei que ia dizer que é um garanhão como o Brian...^^ Brincadeira. Se eu tivesse de apontar alguém com quem me identifico, certamente seria com o Michael. Órfão de pai, sem muitos esteriótipos, apaixonado por desenho... Ele é todo eu e mais um pouco. Tudo que é bom, infelizmente acaba. Eu só vi pelo Youtube, mas um dia vou conseguir ela completa^^ Assim espero. Taí uma série legítima, sem muita firula e com uma linguagem direta e verdadeira.

      Maravilha ter seu comentário aqui. Te sigo no face há algum tempo, e te acho um fofo^^... Obrigado por comentar!

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